quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O que são malformações congênitas do útero e do colo do útero?


Malformações congênitas do útero e do colo do útero são alterações na forma do útero resultantes de seu desenvolvimento inadequado durante a gravidez.

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O útero é um órgão presente apenas nas mulheres. Ele tem o formato de uma pera invertida e é oco em seu interior. Sua principal função é abrigar o bebê durante a gravidez. O útero é dividido em três partes principais: fundo do útero (a parte mais superior), corpo do útero (a parte intermediária) e colo do útero (a parte mais inferior, que se comunica com a vagina). As malformações congênitas do útero e do colo do útero são alterações na estrutura ou forma do útero, que ocorrem enquanto o útero do bebê está sendo formado durante a gravidez. As principais malformações do útero são: agenesia uterina, útero septado, útero bicorno e útero unicorno. A agenesia uterina é uma condição em que o útero não é formado totalmente ou apenas uma parte é formada. O útero septado tem formato normal por fora, mas por dentro é dividido em dois. No útero bicorno, o fundo uterino parece ter sido recortado, alterando seu formato por fora (fica parecendo que tem dois “chifres”). No útero unicorno, apenas um lado é desenvolvido, o outro pode ter alterações ou nem se desenvolver, dando a aparência de que o útero tem um “chifre” de um dos lados. Com relação às malformações congênitas do colo do útero, a principal é a duplicação do colo do útero e da vagina. Neste caso, o útero apresenta duas comunicações com a vagina, que podem ser separadas ou unidas. Essas malformações podem não ser percebidas pela menina ou pela mulher por muito tempo, pois geralmente não causam sintomas na infância. Essas malformações podem se manifestar na adolescência ou na idade adulta, e cada malformação pode gerar mais ou menos sintomas. Os principais sintomas são: ausência de menstruação, dores intensas durante a menstruação, e liberação de pouco ou muito sangue durante a menstruação. É possível também existirem dificuldades na gravidez, como maior risco de prematuridade, aborto e hemorragias após o parto. As mulheres que apresentam esses sintomas devem procurar atendimento médico para investigar a causa. Para esclarecer se realmente existe uma malformação congênita do útero, o médico pode pedir exames como ultrassom, radiografia e ressonância magnética. Os tratamentos geralmente são cirúrgicos e a indicação é feita analisando o tipo de malformação e o impacto da doença na vida da paciente.

Referências: DynaMed. Congenital anomalies of female reproductive tract. Informação atualizada em 11 setembro de 2014. Disponível em: http://psbe.ufrn.br/. Acesso em: 14 out. 2016.

UpToDate. Clinical manifestations and diagnosis of congenital anomalies of the uterus. Informação atualizada em 2015. Disponível em: www.sibi.usp.br. Acesso em: 14 out. 2016.

UpToDate. Congenital cervical anomalies and benign cervical lesions. Informação atualizada em 2016. Disponível em: www.sibi.usp.br. Acesso em: 14 out. 2016.

Autor do resumo: Lenisa de Mello e Souza
Revisor do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona, Enfa. Dra. Iara Cristina da Silva Pedro, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

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