quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Como está a saúde mental dos profissionais de saúde durante a pandemia de COVID-19?


A COVID-19 gerou um impacto negativo sobre a saúde mental dos profissionais de saúde, com o aumento dos níveis de ansiedade, depressão, estresse e angústia.

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A COVID-19 tornou-se uma pandemia em 2020, atingindo todo o mundo. A COVID-19 está associada a problemas psiquiátricos em vários grupos de indivíduos, incluindo pacientes com COVID-19 e profissionais de saúde que cuidam de pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19. Ainda há um pequeno número de estudos sobre a prevalência de danos sobre à saúde mental associados à COVID-19, porém, é evidente o impacto que a pandemia está tendo sobre a vida de toda a população. Um estudo verificou a presença dos seguintes sintomas com intensidade moderada à grave: 1) Ansiedade em cerca de 3 de cada 20 profissionais de saúde; 2) Depressão em cerca de 4 de cada 20 profissionais de saúde; 3) Insônia em cerca de 2 de cada 20 profissionais de saúde e 4) Angústia em 8 de cada 20 profissionais de saúde. Soma-se a esses números que cerca de 5 de cada 20 profissionais de saúde apresentaram sintomas psiquiátricos com intensidade leve. Porém, vale ressaltar que a presença de condições psiquiátricas varia conforme a região observada. Em Cingapura, poucos médicos apresentaram distúrbios psiquiátricos, sendo tal fato possivelmente justificado por uma melhor preparação desses profissionais com base em suas experiências anteriores com a epidemia de síndrome respiratória aguda em 2003 (SARS – outro vírus da família de coronavírus). Entre os fatores de risco para problemas psiquiátricos entre os profissionais de saúde, o principal fator identificado foi o aumento do contato com pacientes infectados pelo vírus causador da COVID-19. Ou seja, quanto maior o risco de contrair COVID-19, maior chance tem o profissional de saúde de apresentar um distúrbio psiquiátrico. Outros fatores de risco identificados foram a história anterior de sintomas ou distúrbios psiquiátricos, a presença de outras doenças médicas gerais, receio de transmitir a doença para seus familiares e tempo prolongado em quarentena. Em relação aos fatores de proteção, o principal fator que diminui o risco de problemas psiquiátricos foi o acesso adequado a equipamentos de proteção individual (EPIs). Outros fatores de proteção incluem ter colegas que proporcionem apoio, acesso a serviços psiquiátricos, confiança nas medidas de controle de infecção instituídos na unidade de saúde e folga adequada do trabalho.


Referências: 
Uptodate. Stein, Murray B. Coronavirus disease 2019 (COVID-19): psychiatric illness. Informação atualizada em: 23 jun. 2020. Disponível em: http://www.sibi.usp.br/. Acesso em: 11 jul. 2020.

Autor do resumo:
Gustavo José Miranda da Cunha

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.


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