terça-feira, 7 de março de 2017

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento da genitália ambígua?


O diagnóstico da genitália ambígua é feito com exames de sangue e de imagem, e o tratamento pode ser cirurgia ou medicamentos com hormônios.

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Saber a causa da genitália ambígua ajuda a guiar o tratamento e as decisões sobre o gênero da criança, isto é, decidir se a criança é ou será menino ou menina. O médico fará perguntas sobre a família e medicamentos que possam ter sido usados, examinará a criança para procurar pelos testículos e avaliará os genitais da criança. Exames de sangue são necessários para medir os hormônios e analisar os cromossomos, além de ultrassom e raio X para visualizar órgãos sexuais internos, como o útero. Em alguns casos, pequenas cirurgias podem ser necessárias para coletar pedaços de estruturas sexuais para exame. Utilizando todas as informações coletadas nesta investigação, a equipe de saúde pode sugerir um gênero apropriado para o bebê. Essa sugestão será baseada na causa da genitália ambígua, no sexo genético, no potencial futuro de reprodução da criança, nas características anatômicas sexuais, entre outras informações. Em alguns casos, a família pode tomar a decisão até poucos dias após o nascimento. Entretanto, é importante aguardar o resultado dos exames. Em alguns casos, a definição de um gênero pode ser complexa e as consequências de longo prazo podem ser difíceis de prever. Os pais devem lembrar-se de que, conforme a criança vai crescendo, ela pode tomar decisões diferentes sobre sua identificação de gênero. Após os familiares e a equipe de saúde terem definido qual é o gênero do bebê, pode-se iniciar o tratamento da genitália ambígua. O objetivo do tratamento, a longo prazo, é o bem-estar psicológico e social da criança, assim como preservar seu funcionamento sexual e fertilidade futura o máximo possível. O momento de iniciar o tratamento depende de cada caso. Por ser uma doença complexa, os casos de genitália ambígua necessitam de um equipe de especialistas, que inclui pediatras, neonatologistas, urologistas pediátricos, cirurgiões pediátricos, endocrinologistas, geneticistas, psicólogos e assistentes sociais. Medicamentos contendo hormônios ajudam a corrigir ou compensar possíveis desequilíbrios hormonais, para tentar reparar alterações no órgão genital, em alguns casos. A cirurgia pode ser usada para preservar o funcionamento sexual normal e melhorar a aparência do órgão genital. Para meninas com genitália ambígua, os órgãos sexuais podem funcionar normalmente apesar da aparência do genital externo. Se a vagina estiver escondida por baixo da pele, a cirurgia pode ajudar o funcionamento sexual, se for feita quando criança. Para meninos, a cirurgia para reconstrução de um pênis incompleto pode melhorar a aparência e tornar possível a ereção do pênis. Os resultados da cirurgia geralmente são satisfatórios, mas cirurgias repetidas podem ser necessárias mais tarde. Os riscos da cirurgia são um resultado insatisfatório na aparência do órgão ou no funcionamento sexual.

Referências: Mayo Clinic. Ambiguous genitalia. Informação atualizada em: 6 de março de 2015. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/ambiguous-genitalia/basics/coping-support/con-20026345. Acesso em: 6 nov. 2016

Autor do resumo: Nivaldo Sena da Silva
Revisores do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona, Enfa. Dra. Iara Cristina da Silva Pedro, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

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