sexta-feira, 8 de março de 2019

Como se trata a poliarterite nodosa?


Trata-se a poliarterite nodosa com medicamentos glicocorticoides, medicamentos imunossupressores ou medicamentos antivirais, conforme a gravidade da doença.
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O tratamento da poliarterite nodosa varia de acordo com a gravidade da doença. Dessa maneira, antes do início do tratamento, o paciente deve passar por uma avaliação detalhada para se determinar a extensão e a gravidade da doença e a presença ou não de hepatite B ou C, além da confirmação do diagnóstico a partir da biópsia e da angiografia. O tratamento nos casos leves se resume ao uso apenas de glicocorticoides. Caso não haja resposta ou a pessoa não tolere a dose de glicocorticóides, podem ser adicionados ao tratamento medicamentos imunossupressores. Nesses casos, geralmente haverá a necessidade do uso desses imunossupressores por vários meses, após o controle da doença, para a manutenção da melhora. Já o tratamento dos casos moderados a graves geralmente inicia-se com a adição de imunossupressores mais fortes. Os efeitos colaterais desses medicamentos são vários, como a  redução das células do sangue, alopecia (queda de pelos), amenorreia (ausência da menstruação), infertilidade (em homem e mulheres), agressão a musculatura do coração e aumento do risco de câncer. Desse modo, o médico precisa realizar a monitorização e a prevenção de efeitos colaterais por meio do ajuste da dose do medicamento. Indivíduos com a doença e que apresentam também hepatite se beneficiam do uso de antivirais (medicamentos usados para combater infecções por vírus). Nos casos em a doença não regride com essas medidas, uma nova etapa de tratamento com glicocorticóides pode ser necessária, além do uso de rituximabe como uma alternativa. O tratamento da poliarterite nodosa aumenta bastante as chances de resolução da doença e reduz as chances de morte nos casos graves. A poliarterite nodosa pode reaparecer (recidiva) futuramente em algumas pessoas já tratadas.

Referências: 
UpToDate. Treatment and prognosis of polyarteritis nodosa. Informação atualizada em: 8 de dezembro de 2017. Disponível em: http://www.sibi.usp.br/. Acesso em: 01 abr. 2018.

Autor do resumo: 
Nivaldo Sena da Silva

Revisores do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão, Gabriella Neves Cury

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