A violência doméstica pode gerar atrasos no desenvolvimento infantil, choros em excesso, alteração do sono, ansiedade, depressão, pesadelos e xixi na cama.
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A violência doméstica é um padrão de conduta de parceiros íntimos ou familiares que inclui violência física, abuso psicológico, coerção reprodutiva, intimidação ou privação. Nessa relação abusiva, um familiar impõe poder de dominação sobre o outro, provocando na vítima medo, ansiedade ou pânico. As mulheres são mais sujeitas a sofrerem danos físicos e sexuais quando comparadas aos homens, da mesma forma como têm mais chances de serem levadas a óbito em decorrência da violência. A ocorrência da violência doméstica é, infelizmente, frequente. A violência testemunhada por crianças inclui não apenas a observação dos atos de agressão física e mental, mas as consequências imediatas e finais desses eventos, ou seja, desde a aparição de queimaduras, manchas na pele, dores, até submissão ou medo em um de seus pais. Os efeitos danosos da exposição à violência doméstica às crianças derivam de disfunção familiar, aumento dos estressores sociais e perda do suporte emocional dos pais. Com isso, as crianças pequenas podem apresentar atrasos de desenvolvimento, choros em excesso, alteração nos padrões de sono, bem como ansiedade, pesadelos e incontinência noturna (fazer xixi na cama durante a noite). Crianças em idade escolar podem apresentar alterações somáticas como dores de cabeça e de barriga recorrentes e também danos psíquicos, como depressão e ansiedade. Já conforme vão chegando à adolescência e ao início da idade adulta, são esperadas alterações de comportamento — incluindo impulsividade e agressividade —, além de distúrbios psicológicos — a exemplo da ansiedade, pensamentos violentos e depressão — e aumento do risco de condutas desviantes — como vício em drogas ou medicamentos, promiscuidade e a desobediência às normas e regras. Por fim, é importante destacar que grandes estressores vivenciados por mães vítimas de violência doméstica podem elevar o risco de práticas violentas na educação materna dos próprios filhos como estratégia imprópria de punição, aumentando, assim, a chance de agressão física e psicológica, dessa vez, contra os pequenos.
Referências:
UptoDate. Franchek-Roa, K. M. et. al. Intimate partner violence: childhood exposure. Atualizado em: Janeiro 2021, Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 24 jun 2021.
Autor do resumo:
Lucas Soares da RochaRevisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
