O que significa estar em estado de choque?

O estado de choque é uma condição clínica grave e potencialmente fatal, que acontece quando o corpo não consegue levar oxigênio suficiente aos tecidos. Isso pode ser causado por infecções graves, hemorragias, grandes queimaduras, arritmias cardíacas, entre outras situações.

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O estado de choque é uma condição grave em que o corpo não consegue fornecer oxigênio suficiente aos tecidos e órgãos, o que compromete seu funcionamento. Isso costuma ocorrer junto com uma queda importante da pressão arterial e pode acontecer em pessoas de qualquer idade. Trata-se de uma emergência médica que representa risco à vida e exige cuidados intensivos. Pacientes em estado de choque precisam de monitoramento contínuo, oferta de oxigênio e uso de medicamentos para ajudar na circulação e na distribuição adequada de oxigênio por todo o corpo. No início, o choque pode ser reversível, mas, se não tratado rapidamente, pode evoluir para um quadro irreversível, com falência de vários órgãos e risco de morte. Por isso, é essencial a internação em unidade de terapia intensiva (UTI), onde é possível oferecer o suporte necessário. A forma mais comum de choque é o choque séptico, causado por infecções graves. Nesse caso, o organismo responde de maneira desregulada à infecção, o que gera inflamação e prejuízo ao funcionamento dos órgãos. Aproximadamente 4 a cada 10 pacientes com choque séptico infelizmente não sobrevivem. As infecções geralmente são causadas por bactérias e podem se originar nos pulmões (pneumonia), rins (infecção urinária), pele (feridas ou queimaduras), intestino, ou estarem relacionadas ao uso de dispositivos médicos invasivos, como cateteres ou sondas. Os principais sinais de choque incluem: pressão arterial muito baixa, batimentos cardíacos acelerados, confusão mental ou dificuldade de responder aos estímulos, pele fria ou arroxeada e redução na quantidade de urina eliminada. Outros tipos de choque podem ter causas diferentes. No choque cardiogênico, por exemplo, o problema está no coração, como em infartos graves ou arritmias, que afetam a capacidade do órgão de bombear sangue. Já o choque hipovolêmico ocorre quando há grande perda de líquidos, como em casos de hemorragias, traumas, cirurgias, vômitos ou diarreias intensas, e queimaduras extensas. Para diagnosticar a causa do choque e acompanhar a evolução do quadro, são realizados exames de sangue e urina, além de exames de imagem como radiografias, ultrassonografias e tomografias. O tratamento varia conforme a causa. Pode incluir controle de sangramentos, reposição de líquidos ou sangue, uso de antibióticos e corticoides, cirurgia de emergência, medicamentos para estabilizar a pressão arterial e, em alguns casos, intubação para ajudar na respiração. O estado de choque é sempre uma condição grave, com risco de vida, e precisa de tratamento imediato e especializado. A presença contínua de profissionais da saúde é fundamental para aumentar as chances de recuperação do paciente.

Referências: 
UptoDate. Definition, classification, etiology, and pathophysiology of shock in adults. Informação atualizada em março de 2025. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 17 abril. 2025.

UptoDate. Initial evaluation of shock in children. Informação atualizada em março de 2025. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 17 abril. 2025.

UptoDate. Evaluation and management of suspected sepsis and septic shock in adults. Informação atualizada em março de 2025. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 17 abril. 2025.

Autor do resumo:
Aluna Olga Carvalho Gomes da Costa
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.


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