quinta-feira, 14 de abril de 2022

Para que serve o medicamento Aristab?

Aristab é o nome comercial dado ao medicamento Aripiprazol. É um medicamento antipsicótico, utilizado para o tratamento de depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e, eventualmente, Transtorno do Espectro Autista (TEA).

*** 
Aristab é o nome comercial dado ao medicamento Aripiprazol. Este remédio é um antipsicótico, utilizado principalmente para o tratamento de alguns tipos de depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar. Sua ação se baseia nos mecanismos de funcionamento do sistema nervoso e suas células, os neurônios. Essas células formam uma grande rede de comunicação, meio pelo qual informações são transmitidas e transformadas em pensamentos e ações. O Aristab é uma medicação que bloqueia os receptores de dopamina e serotonina, substâncias relacionadas com o envio de informações de uma célula a outra no sistema nervoso, alterando assim parte da comunicação neuronal. Em pacientes com depressão, esquizofrenia ou transtorno bipolar, essa transmissão já é alterada e o medicamento é então utilizado de forma a tentar “amenizar” esse desbalanço. A dose, o objetivo do tratamento, a forma de administração e os efeitos colaterais do medicamento estão intimamente relacionados. Ou seja, a dose para tratar a depressão, a sua via de administração (oral, injetável, etc) e os efeitos colaterais neste caso, diferem muito de quando o mesmo remédio é usado, por exemplo, no tratamento da esquizofrenia. Entretanto, de forma geral, podemos citar como principais efeitos colaterais do remédio: inquietação, insônia, inquietação, ansiedade, formigamento, agitação e vontade de mover-se todo o tempo, visão turva, hipertensão, boca seca, ganho de peso, vaginite (inflamação da mucosa vaginal) e síndrome gripal. Esses efeitos colaterais apresentam diferentes proporções, alguns sendo mais e outros menos frequentes. Por ser um medicamento antipsicótico, ele não deve ser interrompido sem um acompanhamento médico. No geral, se os efeitos colaterais forem intoleráveis ​​ou o tratamento não for eficaz, recomenda-se a troca para outro antipsicótico em vez de descontinuação do remédio. Caso o paciente insista em interromper o tratamento, deve ser feita uma redução gradual da dose (ou seja, ao longo de várias semanas a meses), chamada popularmente de “desmame”. Aristab também é prescrito para a irritabilidade de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e embora seja considerado seguro, pode apresentar também alguns efeitos colaterais nestes casos. Conforme disponibilidade e custos envolvidos, o médico poderá indicar o medicamento Aristab ou outro medicamento genérico com a denominação Aripiprazol.

Referências: 
UpToDate. Unipolar depression in adults: treatment with second-generation antipsychotics. Informação atualizada em fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 mar. 2022.

UpToDate. Second-generation antipsychotic medications: pharmacology, administration, and side effects. Informação atualizada em fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 mar. de 2022.

UpToDate. Aripiprazole (oral and long-acting injectable [Abilify Maintena]): drug information. Informação atualizada em fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 mar. 2022.

UpToDate. Bipolar disorder in adults: choosing maintenance treatment. Informação atualizada em fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 mar. 2022.

UpToDate. Pharmacotherapy for schizophrenia: long-acting injectable antipsychotic drugs. Informação atualizada em fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 mar. 2022.

UpToDate. Autism spectrum disorder in children and adolescents: pharmacologic interventions. Informação atualizada em fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 5 mar. 2022.

Autor do resumo:
Aluna Valeska Lourenço Bergamin
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.



Clique AQUI para avaliar esta informação!

Sua opinião nos ajuda a melhorar nosso trabalho.