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O banho de luz em recém-nascidos, também conhecido como fototerapia ou terapia de luz, é usado no tratamento da hiperbilirrubinemia, definida como o aumento dos níveis de bilirrubina no sangue, uma substância naturalmente produzida pelo nosso organismo. Quando presente em altas concentrações no sangue, a bilirrubina não conjugada é prejudicial e pode se depositar na pele ou no branco dos olhos dos recém-nascidos, o que leva à sua coloração amarelada, condição conhecida como icterícia neonatal. Além da icterícia, a elevação anormal dos níveis de bilirrubina pode provocar surdez e problemas neurológicos irreversíveis, bem como levar o recém-nascido à morte. O tratamento da hiperbilirrubinemia e da icterícia geralmente é feito com o banho de luz, em que o bebê, na maioria das vezes nu ou apenas com fralda, é exposto a uma luz azul especial ou luz branca fluorescente em um berço aberto ou aquecedor, com óculos especiais ou adesivos para proteção dos olhos contra a radiação. Essas luzes promovem a quebra da bilirrubina não conjugada em compostos que são solúveis em água e são mais facilmente eliminados do corpo nas fezes ou na urina. Para tanto, é fundamental que a pele dos bebês seja exposta à fonte de luz e que a terapia seja interrompida apenas para cuidados especiais, como a amamentação e o contato com a mãe. Em alguns casos, podem ser usados cobertores especiais com fonte de luz que permitem que o recém-nascido seja tratado até mesmo quando a mãe segura e amamenta o bebê. Antigamente, pensava-se que a exposição à luz solar natural era eficaz, o que não é mais recomendado devido ao risco de queimaduras. Para a maioria das crianças, o tratamento da hiperbilirrubinemia e da icterícia com fototerapia é definitivo e bem sucedido.
Referências:
UpToDate. Patient education: Jaundice in newborn infants. Informação atualizada em fevereiro de 2021. Disponível em https://www.uptodate.com. Acesso em: 23 jan. 2022.
MedlinePlus. Newborn jaundice. Informação atualizada em março de 2021. Disponível em: https://medlineplus.gov/ency/article/001559.htm. Acesso em: 23 jan. 2022.
Autor do resumo:
Aluno Anivaldo Barbosa de Sousa Neto
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
