A dor é comum no momento do parto, podendo estar localizada no abdome, costas, assoalho pélvico e períneo (parte da pelve que contém a genitália externa e o ânus). O que leva a dor são as contrações uterinas, dilatação de parte do útero e vagina para que o feto consiga passar e a própria pressão que o feto faz
***
Dor é conceituada como uma experiência sensorial e emocional, associada com potencial ou existente dano aos tecidos do corpo. A dor é influenciada por fatores cognitivos, do meio ambiente, culturais e sociais. No momento do parto, pode haver um sofrimento emocional grande, já que a dor pode ser associada à percepção de perigo para o corpo, sensação de perda de controle, estresse, medo da própria morte da mãe ou do bebê. A dor é um sintoma comum no momento do parto, podendo estar localizado no abdome, costas, assoalho pélvico e períneo (parte da pelve que contém a genitália externa e o ânus). O que leva a dor no momento do parto são as contrações uterinas, dilatação de parte do útero e vagina para que o feto consiga passar e a própria pressão que o feto faz. No primeiro momento do trabalho de parto, em que o colo do útero está dilatando para a passagem do feto, a dor sentida geralmente é referida como uma cólica. No segundo momento, a dor se torna mais forte, e é causada pelas contrações uterinas (que geram cólicas) e a dor somática da distensão da vagina e dos tecidos perineais. Como a dor varia de mulher para mulher e de gravidez para gravidez, geralmente as mulheres que estão tendo o primeiro filho referem a dor como sendo muito severa ou até mesmo intolerável. Além disso, alguns fatores como uma posição anormal do feto na barriga da mãe, um feto muito grande ou infecções intra uterinas durante a gravidez podem aumentar a dor do trabalho de parto. A dor produz mudanças fisiológicas no corpo da mulher, liberando hormônios que podem afetar órgãos maternos e fetais. Por exemplo, a mulher com dor tende a aumentar a frequência de sua respiração e dos batimentos cardíacos. Em pacientes saudáveis, essas mudanças são bem toleradas. No entanto, em algumas mulheres, como as que possuem hipertensão ou diabetes, deve-se ter uma atenção maior. A mulher deve ser consultada em todas as decisões feitas no processo do trabalho de parto, incluindo a decisão se deseja ou não aliviar a dor.
Referências:
UpToDate. Nonpharmacologic approaches to management of labor pain. Informação atualizada em abril de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 06 jul. 2023.UpToDate. Pharmacologic management of pain during labor and delivery. Informação atualizada em setembro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 jul. 2023.
Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro Carrapato
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.