O diagnóstico de epilepsia parte de uma história clínica bem detalhada, exame físico geral e neurológico, testes laboratoriais e alguns exames, como eletrocardiograma ou de imagem.
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O diagnóstico de epilepsia considera a história clínica do paciente, exame físico, exames laboratoriais e de imagem. O principal objetivo do diagnóstico é identificar quando a convulsão é originada de um processo sistêmico tratável ou quando ela tem origem de alguma disfunção do sistema nervoso central. Por meio do diagnóstico é possível definir tratamentos e o prognóstico da doença. Durante uma consulta com um médico, para realizar o diagnóstico de epilepsia, é importante contar detalhes da história clínica do paciente, envolvendo a caracterização exata dos eventos convulsivos (local, como foi, quanto tempo durou, o que aconteceu durante, se houve mudança de comportamento depois do episódio, como confusão ou diminuição da alerta), se já havia tido casos passados de convulsão, contar sobre casos parecidos na família, uso de medicações, uso de álcool ou drogas. Além disso, é importante deve-se relatar ao médico se o paciente sabe de condições que são gatilhos para as convulsões, como emoções fortes (por exemplo, estresse), exercícios intensos, música alta, luzes piscando, febre, período menstrual, gravidez ou pouco sono. Essas informações ajudarão o médico a identificar condições semelhantes como síncopes, ataques isquêmicos transitórios, ansiedade, ataque de pânico e narcolepsia. No exame físico geral, o médico se atenta para sinais de infecção, hemorragia do sistema nervoso central ou sinais de problemas genéticos. Além disso, ao checar a parte neurológica, anormalidades laterais, como fraqueza e aumento de reflexos devem ser procuradas. Alguns exames laboratoriais podem ser pedidos, como glicemia em jejum, cálcio, magnésio, hemograma, exames de função renal, como ureia e creatinina, exames de função do fígado, análise da urina e teste de gravidez. Para os pacientes que experimentaram perda de consciência, um eletrocardiograma pode ser feito para verificar a função do coração. Para análise do sistema nervoso, exames como encefalograma ou de imagem (como tomografia computadorizada ou ressonância magnética) podem ser pedidos, de acordo com cada paciente, para ajudar no diagnóstico.
Referências:
UpToDate. Evaluation and management of the first seizure in adults. Informação atualizada em outubro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 mar. 2023.
UpToDate. Seizures and epilepsy in children: clinical and laboratory diagnosis. Informação atualizada em fevereiro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 mar. 2023.
UpToDate. Seizures and epilepsy in older adults: etiology, clinical presentation, and diagnosis. Informação atualizada em agosto de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 mar. 2023.
Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro Carrapato
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.