Sofrer racismo causa impactos negativos severos à saúde mental. Pessoas constantemente expostas à discriminação racial apresentam maiores chances de desenvolver transtornos mentais.
***
Sofrer racismo causa impactos negativos severos à saúde mental. Pessoas expostas à discriminação racial constantemente apresentam maiores chances de desenvolver transtornos mentais. Estudos apontam que pessoas negras em países ocidentais apresentam maiores índices de depressão quando comparadas a outros grupos étnicos. Além disso, esse impacto ocorre de forma cumulativa: a exposição cotidiana ao racismo é acumulada ao longo da experiência de vida do indivíduo, o que resulta em sintomas de depressão e ansiedade. Há, também, um impacto significativo relacionado ao gênero da pessoa que sofre racismo: mulheres negras apresentam índices de depressão ainda maiores do que os homens negros. Quanto ao atendimento em saúde prestado às populações negras, é possível observar que, no campo da medicina, terminologias relacionadas a concepções étnico-raciais frequentemente reforçam estereótipos raciais, desconsiderando o impacto do racismo estrutural e cotidiano vivido por essas pessoas. Em consequência disso, muitas pessoas negras acabam recebendo atendimento em saúde (física ou mental) inadequado ou insuficiente. A exposição contínua ao racismo está também associada a danos severos à saúde física, como o risco de desenvolver obesidade, independentemente da condição socioeconômica do sujeito.
Referências:
Wang Y, Huang Q, Kim D, Liu J, Lin S, Zhang Y, Del Toro J, Civitillo S. Systematic review and meta-analysis: racial-ethnic discrimination and young people's mental mealth in intensive longitudinal studies. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry, 18 jun 2025, p. 1-17. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em 13 de set. de 2025.
UpToDate. Use of race and ethnicity in medicine. Informação atualizada em agosto de 2024. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 13 de set. de 2025.
Autor do resumo:
Aluno e bolsista PUB Luís Eduardo Mesquita Arara
Curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.