Sofrer racismo causa impactos negativos severos à autoestima de pessoas negras. Os homens negros tendem a ser ainda mais vulneráveis.
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Sofrer racismo causa impactos negativos severos à autoestima de pessoas negras. De forma geral, estudos realizados na América do Norte apontam que pessoas negras que reportam sofrer racismo frequentemente apresentam prejuízos significativos em sua autoestima e em sua satisfação com a vida. Quando o recorte de gênero é observado, nota-se que homens negros tendem a ser ainda mais vulneráveis: estudos feitos com pessoas negras em países ocidentais indicam que as mulheres, em geral, tendem a buscar mais por suporte social, por exemplo, conversando com amigos e familiares, após serem expostas a situações de discriminação racial, enquanto os homens, ao contrário, tendem a lidar sozinhos com os impactos do racismo, o que resulta em danos severos à autopercepção e à autoestima. Quanto a idade, os mais jovens, como crianças e adolescentes, são os mais afetados. Os mecanismos de enfrentamento utilizados pelas pessoas que sofrem racismo também resultam em impactos relevantes para a autoestima e para a saúde mental do indivíduo: pessoas que optam por estratégias de evitação do racismo apresentam níveis mais baixos de autoestima e satisfação com a vida.
Referências:
LAFAVE, S.; SUEN, J.; SEAU, Q.; BERGMAN, A.; FISHER, M.; THORPE JR., R.; SZANTON, S. Racism and older Black Americans’ health: a systematic review. Journal of Urban Health, 7 jan. 2022, p. 1–27. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34997433/. Acesso em: 22 set. 2025.
JACOB, G.; FABER, S.; FABER, N.; BARTLETT, A.; OUIMET, A.; WILLIAMS, M. A systematic review of Black people coping with racism: approaches, analysis, and empowerment. Perspectives on Psychological Science, v. 18, p. 392–415, 18 mar. 2023. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10018067/. Acesso em: 22 set. 2025.
Autor do resumo:
Aluno e bolsista PUB Luís Eduardo Mesquita Arara
Curso de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.