segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Os sintomas do transtorno do espectro autista podem piorar com a idade?


Até o momento, os estudos sobre a perda de habilidades por pessoas que possuem o transtorno do espectro autista são inconclusivos, pois seguem metodologias não comparáveis entre si e se guiam primordialmente por relatos de familiares.
*** 
O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição complexa que afeta a forma como a pessoa interage com o mundo, interferindo, por exemplo, na comunicação, padrões de comportamento, interação social, formas de aprendizagem e compreensão do que acontece ao seu redor. O TEA pode se apresentar em vários níveis, podendo ir de um nível mais leve a um nível mais grave. Um estudo científico relatou que 32% das crianças no espectro autista sofrem perda de habilidade, conhecida como regressão autista. No entanto, estudos que focam na medição da frequência dessa perda de habilidade seguem diferentes metodologias que não são comparáveis entre si e, que portanto, são inconclusivas. Muitas vezes, por exemplo, os estudos de medição da perda de habilidades são realizados a partir de registros e percepções de familiares de pessoas com TEA. Assim, as perdas de habilidades podem ser enviesadas pela visão e perspectiva do familiar. De forma geral, são necessários estudos mais aprofundados que façam a aferição das habilidades de pessoas com TEA de forma padronizada para saber se realmente as habilidades anteriores sofreram ou não alteração.

Referências: 
Tan, C. et al. Prevalence and age of onset of regression in children with autism spectrum disorder: a systematic review and meta-analytical update. Autism Res, v. 14, n.3, p. 582-598, 2021.doi: 10.1002/aur.2463.

Autor do resumo:
Aluno Valeska Lourenço Bergamin,
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Clique AQUI para avaliar esta informação!

Sua opinião nos ajuda a melhorar nosso trabalho.