domingo, 12 de fevereiro de 2023

Como melhorar a fraqueza e fadiga persistentes após COVID-19?

Após ter COVID-19, caso tenha fraqueza e cansaço prolongados que estejam dificultando as atividades diárias, é importante procurar uma equipe de saúde para consulta.

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Complicações neurológicas, como dores musculares, dor de cabeça, fraqueza, fadiga e tontura são comuns em pacientes que tiveram COVID-19 e podem persistir depois da infecção pelo vírus em algumas pessoas. Caso você esteja sentindo sintomas de fraqueza e cansaço prolongados após a doença, inclusive que está prejudicando atividades diárias, como tomar banho, se vestir, cozinhar, trabalhar e realizar atividades básicas, é importante procurar uma equipe de saúde para ajudar no diagnóstico. Para isso, alguns testes podem ser feitos, como testes de caminhada e de performance física. Além disso, a história clínica também é importante, já que medicamentos, descondicionamento físico, atrofia muscular, dor, problemas no sono, desordens do humor e problemas cardiovasculares podem influenciar nos sintomas, em conjunto, ou não, com a COVID-19. Algumas mudanças no comportamento podem melhorar a sensação de fraqueza e fadiga, por exemplo: uma boa noite de sono, planejar as atividades que serão feitas no dia levando em conta as dificuldades; dar pequenas pausas entre tarefas, para conseguir descansar e recuperar o fôlego; priorizar as atividades que são realmente importantes no dia; exercícios físicos moderados e contínuos e fisioterapia. Além disso, a pesso deve evitar de prender a respiração durante as atividades físicas; evitar movimentos bruscos; preferir puxar ou arrastar objetos ao invés de levantá-los; e, quando for agachar dobrar os joelhos e não o tórax. Atualmente, não existe evidência científica suficiente que suporte o uso de suplementos nutricionais ou medicamentos para ajudar nos casos de fadiga após infecção por COVID-19. Sinais de fadiga, fraqueza e perda muscular podem também ser sintomas de doenças como síndrome de Guillain-Barré, encefalomielite miálgica, miosite e neuropatias periféricas, que podem estar associadas com a infecção por COVID-19. Dessa forma, caso a fadiga persista após a doença é importante procurar uma equipe de saúde especializada, explicar o caso e pedir maiores informações.

Referências: 

UpToDate. COVID-19: evaluation and management of adults with persistent symptoms following acute illness ("Long COVID"). Informação atualizada em novembro de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 dez. 2022.


UpToDate. COVID-19: neurologic complications and management of neurologic conditions. Informação atualizada em abril de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 dez. 2022.


UpToDate. Clinical features and diagnosis of myalgic encephalomyelitis/chronic fatigue syndrome. Informação atualizada em maio de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 dez. 2022.


UpToDate. Patient education: myalgic encephalomyelitis/chronic fatigue syndrome (Beyond the Basics). Informação atualizada em maio de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 07 dez. 2022.

Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro Carrapato 
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Observação:
1 Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.

2 Informações não substituem consultas e exames realizados por profissionais da saúde. Antes de usar esta informação, converse com o profissional que lhe assiste.


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