Tinea cruris é uma micose da virilha causada por um tipo de fungo que habita nossa pele e que, em certas circunstâncias, pode causar a doença.
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Tinea cruris é o nome que se dá a uma micose da virilha. Trata-se de uma infecção por fungo localizada na pele, na região da virilha, nos órgãos genitais ou entre as coxas. É uma infecção bastante comum, causada por fungos da espécie Trichophyton rubrum. Só é menos comum do que a micose dos pés, conhecida como tinea pedis ou frieira. Adolescentes e adultos jovens do sexo masculino são mais comumente afetados. Os fatores de risco para a micose da virilha incluem atividades físicas que aumentam a transpiração na virilha, vestuário oclusivo (muito fechado ou apertado), obesidade, imunocomprometimento e exposição ao fungo. Este fungo é um habitante normal da pele, sem necessariamente provocar doenças, já que o nosso sistema imunológico consegue mantê-lo sob controle, desde que a pele mantenha-se limpa e seca. Em épocas de maior calor, algumas áreas do corpo ficam constantemente úmidas e quentes, como a virilha e a região genital, favorecendo a proliferação desses fungos, causando as micoses. Pacientes com micose na virilha possuem maior risco de ter micoses em outras partes do corpo, como couro cabeludo (chamada de tinea capitis), pés (tinea pedis), barba (tinea barbae), unhas (tinea unguium) ou tronco e membros (tinea corporis). A tinea cruris é contagiosa e pode ser transmitida por toalhas, lençóis ou roupas contaminadas com o fungo. A micose na virilha também pode ocorrer como auto-contaminação: o paciente, após mexer nos pés contaminados com o fungo, contamina suas mãos e leva o fungo até a região da virilha. Ter relações sexuais com uma pessoa infectada pelo fungo também é uma forma de contágio. Os sintomas da tinea cruris são a presença de áreas avermelhadas e descamativas na virilha, com bordas bem delimitadas, que se expandem para as coxas e as nádegas, acompanhadas de muita coceira, principalmente em homens adultos. O diagnóstico pode ser feito por um médico e, se necessário, por exame em laboratório. O tratamento da tinea cruris pode ser feito com pomadas antifúngicas, que devem ser aplicadas na lesão e ao redor da lesão. O tratamento deve continuar durante cerca de uma semana após a lesão desaparecer, ou de acordo com indicação médica.Referência: DynaMed. Tinea cruris. Informação atualizada em 23 de março de 2015. Disponível em: http://psbe.ufrn.br/. Acesso em: 07 fev. 2017.
Autor do resumo: Enfa. Ms. Cristina Camargo Dalri
Revisores do resumo: Prof. Dr. Fabio Carmona, Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
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