quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Transplante de pâncreas e cirurgia bariátrica são recomendados para tratar a diabetes do tipo 2?

A diabetes tipo 2 pode ser tratada com mudanças no estilo de vida, exercícios físicos, dieta e medicamentos. Intervenções cirúrgicas só são recomendadas em casos específicos.

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Os objetivos principais do tratamento para a diabetes do tipo 2 são: manter os níveis de açúcar sanguíneo controlados e evitar as possíveis complicações a longo prazo da doença, como problemas oculares, no fígado, sistema nervoso central e sistema cardiovascular, entre os quais o infarto. Geralmente, a diabetes 2 é tratada por meio de mudanças na dieta e no estilo de vida da pessoa como: comer mais comidas saudáveis; perder peso; aumentar a qualidade e a frequência de atividades físicas; parar de fumar; entre outros. Mudanças no estilo de vida são tão importantes quanto o uso de medicamentos, já que além do diabetes, as mudanças também podem melhorar a saúde do indivíduo de uma forma geral, evitando as possíveis complicações da doença. Um dos principais medicamentos de escolha para o tratamento do diabetes do tipo 2 é a metformina, que melhora a forma com a qual o corpo responde à insulina, reduzindo os níveis sanguíneos de açúcar. Alguns dos efeitos colaterais desse medicamento incluem náusea, diarreia, gases (flatulência), tremores e fome excessiva. Se somente a metformina não estiver fazendo tanto efeito, ou com vários efeitos colaterais, outros medicamentos podem substituir ou até mesmo serem usados em conjunto, como: sulfonilureias, inibidores de DPP-4, inibidores de SGLT2, meglitinidas, e tiazolidinedionas. Além disso, as injeções de insulina também podem ser usadas, ajudando na preservação da capacidade do pâncreas de produzir insulina. É sempre importante manter contato frequente com médicos e profissionais da saúde durante o tratamento da diabetes, tanto para a escolha dos medicamentos quanto para o recebimento de orientações sobre a mudança no estilo de vida. Alguns tratamentos alternativos, como o transplante de pâncreas ou a cirurgia bariátrica, por mais que existam estudos que indiquem certa eficácia, são recomendados em casos específicos para o tratamento do diabetes, por conta do risco existente e das complicações posteriores. No caso de transplante de pâncreas, por exemplo, ele pode diminuir a dependência à insulina e reduzir complicações secundárias da doença, mas é recomendado apenas para pacientes com diabetes avançado, que desenvolveram uma doença de rim terminal e que precisarão de terapia imunossupressora. Já a cirurgia bariátrica pode alterar tanto a secreção de insulina quanto sua sensibilidade ao corpo, mas novamente, é indicada apenas para pacientes específicos, já que seus efeitos colaterais e dificuldade são elevados.

Referências: 
UpToDate. Treatment for type 2 diabetes; the basics. Informação atualizada em dezembro de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 15 dez. 2021.

UpToDate. Metformin: Patient drug information. Informação atualizada em março de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 15 dez. 2021.

UpToDate. Patient education: Type 2 diabetes: Treatment, beyond the basics). Informação atualizada em outubro de 2020. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 15 dez. 2021.

UpToDate. Pancreas-kidney transplantation in diabetes mellitus: Benefits and complications. Informação atualizada em outubro de 2021. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 15 dez. 2021.

UpToDate. Pancreas and islet transplantation in diabetes mellitus. Informação atualizada em agosto de 2020. Disponível em: https://www.uptodate.com/. Acesso em: 15 dez. 2021.

Kashyap, Sangeeta et al. Bariatric surgery for type 2 diabetes: weighing the impact for obese patients. Cleve Clin J Med, v.77, n.7, p. 468-476, 2011. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3102524/. Acesso em: 15 dez. 2021.

Autor do resumo:
Aluno Victor Villatoro Carrapato
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.


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