quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Como evitar a transmissão da COVID-19 em procedimentos odontológicos?

Nos procedimentos odontológicos, deve-se minimizar a formação de gotículas respiratórias e aerossóis, para diminuir riscos de infecção pelo novo coronavírus.
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Para se evitar a transmissão da Covid-19 em consultórios odontológicos, deve haver uma preocupação constante com a lavagem das mãos e devem ser usados equipamentos de proteção individual que incluem máscaras, luvas, aventais/jalecos/capotes e óculos ou protetores faciais. As máscaras mais recomendadas para os procedimentos odontológicos são a n95 ou a PFF2/FFP2. Sempre que possível, a equipe deve trabalhar a uma distância adequada dos pacientes. Como a carga viral contida na saliva humana é muito alta, os enxagues com enxaguantes bucais anti-sépticos podem reduzir a quantidade, mas não conseguem eliminar o vírus na saliva do paciente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, procedimentos que levam o paciente a tossir devem ser evitados e, se necessários, devem ser feitos com muito cuidado. Os dentistas também devem evitar procedimentos e uso de instrumentos que possam produzir gotículas ou aerossóis como as seringas de 3 vias. O uso de peças de mão odontológicas e raspadores ultrassônicos também deve ser evitado. As peças de mão, quando usadas, devem estar equipadas com dispositivos antirrefluxo para evitar contaminações. A técnica de 4 mãos, as barragens dentárias de borracha e os ejetores de saliva de alto volume ajudam a diminuir a produção de aerossóis e respingos nos procedimentos odontológicos. Nas restaurações, devem ser priorizadas técnicas minimamente invasivas ou atraumáticas. Em relação aos exames de imagem, o exame radiológico intra-oral, pode estimular a tosse e salivação. Alternativas para exames de imagem durante a pandemia de COVID-19 são radiografias dentárias extra-orais, como a radiografia panorâmica e a tomografia computadorizada com feixe cônico. Como as informações sobre a COVID-19 estão mudando muito rapidamente, os profissionais de saúde bucal devem consultar periodicamente os seus órgãos reguladores.

Referências: 
L. Meng. et al. Coronavirus disease 2019: emerging and future challenges for dental and oral medicine. Journal of Dental Research. 2020. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0022034520914246. Acesso em: 04 abr. 2020.

G. Spagnuolo et al. COVID-19 Outbreak: An overview on dentistry. International Journal of Environmental Research and Public Health. 2020. https://www.mdpi.com/1660-4601/17/6/2094/html. Acesso em: 04 abr. 2020.

X. Peng et al. Transmission routes of 2019-nCOVand controls in dental practice. Nature International Journal of Oral Science. 2020. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41368-020-0075-9?fbclid=IwAR2FOrUL6qqW7Lbnn7d06QBVSL0UuXEpFlSw-VMIIDbGyxhnf-h4fVjaHh0. Acesso em: 09 abr. 2020.

Centers for Disease Control and Prevention [Internet]. Coronavirus disease 2019. Informação atualizada em: 07 abr. 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/dental-settings.html. Acesso em: 09 abr. 2020.

Autor do resumo:
Jéssica Nara Targino Cavalcante

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão

Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.


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