segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Como tratar a Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido?

O tratamento para a Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido se baseia na reposição de surfactante e na suplementação de oxigênio.

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O tratamento para a Síndrome da Angústia Respiratória do Recém Nascido tem como base a reposição de surfactante e o suporte ventilatório para o bebê. O surfactante é o líquido que cobre o interior dos alvéolos tornando o pulmão maduro. Nos bebês que nasceram com menos de 30 semanas e cuja mãe não recebeu o corticoide para prevenção, e também naqueles que apresentam desconforto respiratório grave é importante realizar a reposição do surfactante. Geralmente, essa substância é administrada por via endotraqueal, ou seja, através de um tubo inserido na garganta do bebê, para que a medicação vá diretamente para os pulmões. Estudos mais atuais indicam que a administração do surfactante por um cateter reduz a necessidade de intubação, assim como o risco de complicações. A reposição de surfactante é mantida por alguns dias, até que o bebê consiga respirar confortavelmente. Até que isso ocorra, é fundamental oferecer suporte ventilatório para que o bebê consiga manter uma respiração adequada. Sempre que possível (casos menos graves), é preferível realizar o suporte ventilatório e a oferta de oxigênio através de equipamentos chamados CPAP (que fornecem oxigênio por meio de uma máscara). Nos casos de maior gravidade, geralmente é necessário realizar a intubação do bebê e mantê-lo em ventilação mecânica. Na maior parte das vezes, os pacientes apresentam melhora após 3 a 4 dias de tratamento. Dependendo da gravidade do quadro, é possível que a Síndrome da Angústia Respiratória leve a algumas complicações, como: atelectasia (colabamento e falta de expansão do pulmão), pneumotórax (vazamento de ar para a cavidade torácica, fora do pulmão), persistência do canal arterial (pequeno vaso sanguíneo que deveria se fechar após o nascimento). Em alguns casos, existe a possibilidade de complicações mais graves que podem levar à perda da visão, hemorragia no cérebro e falência dos rins.

Referências: 

Dynamed. Respiratory Distress Syndrome (RDS) of the newborn. Informação atualizada em 26 de junho de 2017. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/periodicos. Acesso em: 12 jul. 2017.

Dynamed. What is Respiratory Distress Syndrome? Informação atualizada em 24 de janeiro de 2012. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/periodicos. Acesso em: 12 jul. 2017.

Autor do resumo:
Lenisa de Mello e Souza

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão



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