O reforço está disponível à população adulta que tenha terminado o ciclo de vacinação e é a principal arma de combate às novas variantes do coronavírus.
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Atualmente, a dose de reforço para as vacinas contra a COVID-19 está liberada para toda a população acima de 18 anos que tenha completado o ciclo vacinal inicial, ou seja, aqueles que já tenham recebido as duas doses. Para tomar o reforço, os adultos devem esperar no mínimo 4 meses desde a data de aplicação da última dose. Por exemplo, uma pessoa que tenha tomado a segunda dose no dia 30 de Setembro de 2021 pode se vacinar com o reforço a partir de 30 de Janeiro de 2022. No Brasil, é recomendado às equipes de saúde que a terceira dose seja aplicada com a vacina da farmacêutica Pfizer/BioNTech, porém se houver ausência do imunizante, podem ser aplicados os imunizantes da Janssen e da AstraZeneca, independente do tipo da vacina aplicada anteriormente. Essa preferência está baseada em estudos que apontam maior quantidade de anticorpos neutralizantes contra o vírus que são produzidos após a vacinação de reforço com esses três imunizantes. A terceira dose está sendo aplicada como forma de garantir maior segurança dessa população contra as novas variante Delta e variante Ômicron do coronavírus, as quais têm se mostrado mais transmissíveis, mesmo naquelas pessoas já vacinadas. A dose extra apresenta alta eficácia no combate ao SARS-CoV-2, reduzindo em até 10 vezes as chances de infecção pelo vírus em todas as idades e em até 18 vezes a internação por doença grave. Esse reforço também acarreta em uma redução da transmissão do vírus pela população, por isso é muito importante a sua aplicação. Assim, a Organização Mundial da Saúde destaca a importância de todos se vacinarem, principalmente para aqueles que ainda não tomaram nenhuma dose, como medida essencial e indispensável de combate à transmissão do coronavírus.
Referências:
Ministério da Saúde. Ministério da Saúde lança campanha “Mega Vacinação” para reforçar imunização dos brasileiros contra Covid-19, disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/novembro/ministerio-da-saude-lanca-campanha-201cmega-vacinacao201d-para-reforcar-imunizacao-dos-brasileiros-contra-covid-19 Acesso em: 27 jan. 2022.
Clemens, .S A. C., et al. Heterologous versus homologous COVID-19 booster vaccination in previous recipients of two doses of CoronaVac COVID-19 vaccine in Brazil (RHH-001): a phase 4, non-inferiority, single blind, randomised study. Lancet, v. 399, n.10324, p. 521–529, 2022,Publicado em 21 de Janeiro de 2022. doi: 10.1016/S0140-6736(22)00094-0Acesso em: 27 jan. 2022.
Ministério da Saúde. Ministério da Saúde antecipa de cinco para quatro meses a aplicação da dose de reforço. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/dezembro/ministerio-da-saude-antecipa-de-cinco-para-quatro-meses-a-aplicacao-da-dose-de-reforco Acesso em: 27 jan. 2022.
Autor do resumo:
Aluno Lucas Soares da Rocha
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Observação:
Geralmente, o Projeto Fale com o Dr. Risadinha busca informações com alto nível de evidência científica para fornecer respostas seguras e confiáveis ao seu público. Mas por se tratar de assunto novo, muitas informações sobre coronavírus e COVID-19 são opiniões de especialistas, carecendo de mais estudos científicos que as comprovem.