A infecção hospitalar pode ser causada por bactérias, fungos e vírus no hospital, sendo transmitida de paciente para paciente, pela equipe de profissionais da saúde e por equipamentos utilizados, como catéter e ventilação mecânica.
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As infecções hospitalares também podem ser chamadas de nosocomiais, e são caracterizadas por serem infecções ocorridas dentro de locais hospitalares, como hospital, UTI, asilos, centros de reabilitação, centros de internação psiquiátrica. Existem diferentes tipos de infecções hospitalares, como as do sistema respiratório, do trato gastrointestinal, do sistema urinário e da pele. Dentro do hospital, o paciente está exposto a diferentes bactérias, vírus e fungos que podem ser transmitidos por outros pacientes, pela equipe do hospital e pelos equipamentos utilizados. O risco de contrair uma infecção hospitalar é variável e dependerá da imunidade do paciente, das medidas de segurança adotadas pelo hospital para esterilização de equipamentos. Existem diversos setores no hospital, com diferentes casos de infecção hospitalar. Por exemplo, dois a cada dez casos dessas infecções ocorrem nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Essas situações estão diretamente relacionadas ao uso de 3 equipamentos: cateter intravascular, uso de ventilação mecânica e cateter urinário. O cateter intravascular é um tubo que liga a parte externa do corpo a uma artéria ou veia, feito para administração de medicamentos ou hemodiálise. Esse tubo está sujeito a contaminação pelas próprias bactérias da pele do paciente, que podem colonizar a tubulação e levar essas bactérias para a corrente sanguínea. Por isso, é preciso diversos cuidados de higienização e troca do material regularmente. O mesmo se aplica para o cateter urinário, responsável por 4 a cada 10 casos de infecção hospitalar em todo o hospital. Esse cateter serve para esvaziar a bexiga continuamente e é utilizado em diversas situações. Os mesmos cuidados para higienização precisam ser feitos. Por último, a ventilação mecânica é utilizada quando o paciente não tem condições de respirar sozinho. Então, uma tubulação é passada pelas vias respiratórias e ligada a um ventilador mecânico. Dessa forma, o paciente pode contrair pneumonia, sendo a segunda maior causa de infecção hospitalar. Há, também, casos de infecção hospitalar nas internações de longo prazo, como asilos, internações psiquiátricas, pacientes crônicos, pacientes que vivem no hospital. Esses pacientes são mais suscetíveis à doenças respiratórias como influenza, pneumonia, rinovírus, tuberculose, devido à imunidade baixa que possuem e contato próximo com outros pacientes.
Referências:
UptoDate. Causes of infection in long-term care facilities: an overview. Informação atualizada em março de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 09 abr. 2022.UptoDate. Intravascular catheter-related infection: epidemiology, pathogenesis, and microbiology. Informação atualizada em março de 2022; Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 23 abr. 2022.
UptoDate. Infections and antimicrobial resistance in the intensive care unit: epidemiology and prevention. Informação atualizada em março de 2021; Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 23 abr. 2022.
Autor do resumo:
Aluno Olga Carvalho Gomes da Costa
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.