***
A paralisia infantil (poliomielite paralítica) foi eliminada da maior parte do mundo graças às campanhas de vacinação. Se o vírus causador da poliomielite (poliovírus) chega a um país onde não há pessoas suficientes vacinadas, o vírus pode infectar a população e se espalhar, como aconteceu em alguns países da África e da Ásia. Grupos de saúde estão trabalhando para acabar com a poliomielite em todo o mundo, mas vários países ainda apresentam casos de poliomielite, principalmente o Afeganistão e o Paquistão. No Brasil, o último caso de poliomielite aconteceu em 1989. Porém, é importante continuar vacinando as crianças contra a poliomielite para evitar que elas fiquem vulneráveis ao poliovírus. A poliomielite afeta principalmente crianças com menos de 5 anos. No entanto, qualquer pessoa que não tenha sido vacinada corre o risco de desenvolver a doença. Viajar para locais onde há pessoas com poliomielite, ter contato com a população de locais com vários casos de pacientes com poliomielite e viver em más condições de higiene são fatores de risco para se infectar com o poliovírus. A vacinação é considerada a maneira mais eficaz de evitar a paralisia infantil. No Brasil, a vacinação contra a paralisia infantil está prevista no calendário nacional de vacinação, sendo distribuída gratuitamente pelo SUS. Há campanhas frequentes para estimular a vacinação das crianças, sendo utilizado o mascote Zé Gotinha em algumas campanhas. Pelo calendário nacional de vacinação, a vacina inativada contra o poliovírus é dada em forma de injeções em 3 doses: aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses de idade. Efeitos colaterais comuns dessa vacina são dor e vermelhidão no local da injeção. Há reforço com a vacina atenuada contra o poliovírus por via oral (gotinhas) aos 15 meses e aos 4 anos. Porém, a vacinação com o poliovírus inativado (injeção) é considerada mais eficaz e segura do que a vacinação com o poliovírus atenuado (gotinhas). Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recomendam que adultos vacinados, que planejam viajar para locais onde haja risco de se infectar com o poliovírus, recebam uma dose de reforço da vacina inativada contra o poliovírus. Adultos que cuidam de crianças com poliomielite também devem receber uma dose de reforço da vacina inativada contra o poliovírus.
Referências:
DynaMed [Internet]. Poliomyelitis. Informação atualizada em: 13 de setembro de 2018. Disponível em: http://psbe.ufrn.br/. Acesso em: 20 jun. 2019.Oliveira, M. Brasil teve 26 mil casos de pólio de 68 a 89, e não registra casos há 30 anos; entenda. [S. l.], 5 jul. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/brasil-teve-26-mil-casos-de-polio-de-68-a-89-e-nao-registra-casos-ha-30-anos-entenda.ghtml. Acesso em: 21 jun. 2019.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Imunizações e Departamento de Infectologia. Documento Científico. Calendário de vacinação da SBP 2018, [S. l.], 9 ago. 2018. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21273e-DocCient-Calendario_Vacinacao_2018-final2.pdf. Acesso em: 21 jun. 2019.
Autor do resumo:
Gustavo José Miranda da Cunha
Revisor do resumo:
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão