domingo, 12 de fevereiro de 2023

Como evitar a transmissão da varíola dos macacos nas unidades de saúde?

Profissionais de saúde devem utilizar luva, capote, óculos de proteção e máscara sempre que tiverem contato com pacientes contaminados pela varíola dos macacos. Também é preciso higienizar e desinfetar os locais ocupados pelo paciente.
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A varíola dos macacos é uma versão menos mortal do que a da varíola, que foi erradicada do mundo por volta de 1980. Essa cepa da doença estava limitada a países da África Ocidental ou Central, mas desde maio de 2022 começou a se espalhar para outros países. A aparição dos sintomas da varíola dos macacos, chamada de Monkeypox, é similar a sífilis secundária, herpes simples e infecção por varicella-zoster. A transmissão pode ser por contato direto, sendo a principal e primária fonte de transmissão, com feridas, escaras e fluidos corporais (como sangue e fluidos trocados durante relação sexual) contaminados. Pequenas feridas na pele são a principal forma de entrada do vírus na pessoa. A transmissão também pode ocorrer por fômites, que são objetos contaminados por material infectado, como roupas e materiais médicos e pelo trato respiratório, sendo necessário um contato direto prolongado. Pode ocorrer a transmissão pela placenta da mulher para o feto, levando à varíola congênita. A prevenção da varíola nas unidades de saúde pode ocorrer de diversas formas. Pacientes com suspeita da varíola dos macacos devem ser postos em uma sala isolada e com a porta fechada. O paciente deve ter o próprio banheiro e deve evitar movimentação pela unidade e, se necessário transporte, deve ser utilizado máscara no paciente, além de cobrir todas as lesões na pele, com lençóis, por exemplo. Profissionais de saúde que tiverem contato com o paciente, devem utilizar capote, máscara (de preferência N95), óculos de proteção e luvas. Deve-se higienizar as mãos antes e após contato com o paciente com álcool em gel ou sabão e água. É preciso fazer a desinfecção de todos os materiais reutilizáveis que o paciente tiver contato, como roupas, estetoscópio, esfigmomanômetro e termômetros. Para a rouparia, deve-se evitar o contato com fluídos presentes. Para instrumentos, o álcool em gel é recomendado. O paciente deve ter visitação limitada aos profissionais de saúde necessários e familiares essenciais, como esposa/esposo e pais de uma criança. A pessoa que tiver contato com fômites, pacientes ou fluidos corporais contaminados, precisa ser acompanhada por 21 dias. Os sintomas da varíola dos macacos são: febre (temperatura de 38ºC ou mais), calafrio, linfoadenomegalia e lesões na pele. É importante a procura de um médico para maiores informações.

Referências: 
UptoDate. Monkeypox. Informação atualizada em julho de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 1 ago. 2022.

CDC. Infection Prevention and Control of Monkeypox in Healthcare Settings. Informação atualizada em julho de 2022. Disponível em: https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/. Acesso em: 01 de agol. 2022.

CDC.Considerations for monkeypox vaccination. Informação atualizada em julho de 2022. Disponível em: https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/. Acesso em: 01 de agol. 2022.

CDC.Monitoring people who have been exposed. Informação atualizada em junho de 2022. Disponível em: https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/. Acesso em: 01 de agol. 2022.

Autor do resumo:
Aluna Olga Carvalho Gomes da Costa
Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Observação:
Informações não substituem consultas e exames realizados por profissionais da saúde. Antes de usar esta informação, converse com o profissional que lhe assiste.


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