terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Como posso ajudar meu filho autista?


Os pais devem se atentar às necessidades e serem compreensivos com seu filho autista. Podem ajudar com atividades em casa e levando para o acompanhamento profissional, buscando sempre a independência e qualidade de vida do filho e da família.
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Crianças e adolescentes autistas necessitam de uma abordagem compreensiva, já que cada um tem diferentes graus de dificuldades sociais e comportamentais. É importante que os pais ou responsáveis tenham o objetivo de que a criança evolua para alcançar uma maior independência e qualidade de vida e que queiram aprender sobre a condição da criança, entendendo como seu cérebro funciona e o que pode ser diferente para ela, pois é essencial que a pessoa autista saiba que é aceita e se sinta confortável perto de quem a ama, ajudando a reduzir o estresse, comportamentos agressivos, restritivos e repetitivos e melhorando a comunicação entre pais e filho. Para ajudar, os pais e familiares podem transformar atividades difíceis como ir ao médico, em algo mais lúdico, usando histórias; podem permitir que a criança tenha acesso a diferentes experiências com objetos, lugares e atividades; devem ter paciência para dar instruções e usar diferentes formas de se comunicar, como desenhos, e também podem minimizar situações que possam causar estresse, como aquelas que sejam hiper estimulantes. Além disso, a pessoa autista pode aprender a explicar sua condição para outras pessoas e se defender, explicando como seu cérebro funciona e solicitando suporte quando necessário. Enquanto criança, ou caso a pessoa não consiga se comunicar para expressar tais coisas, os responsáveis devem fazer esse papel por elas. Os assistentes sociais podem orientar a família sobre os direitos de pessoas autistas. Com tudo isso, ainda é indispensável buscar cedo o tratamento multiprofissional de especialistas na condição, para que a criança tenha o acompanhamento contínuo de pediatras, neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, e outros especialistas que forem necessários. Os pais e familiares devem sempre observar as crianças, mesmo que elas estejam tendo acompanhamento profissional, se atentando às novas necessidades ao longo do crescimento, as dificuldades para se comunicar e como se comunicam, as dificuldades motoras e sociais, se estão se alimentando de forma adequada, se estão apresentando problemas para dormir, efeitos colaterais de medicamentos, ganho ou perda de peso, constipação, ansiedade, hiperatividade e outros. Qualquer dúvida ou preocupação da família deve ser repassada para os profissionais de saúde que cuidam da criança.

Referências: 
UpToDate. Autism spectrum disorder in children and adolescents: behavioral and educational interventions. Informação atualizada em abril de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 18 jul. 2023.

UpToDate. Autism spectrum disorder in children and adolescents: overview of management. Informação atualizada em dezembro de 2019. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 18 jul. 2023.

UpToDate. Patient education: Autism spectrum disorder. Informação atualizada em abril de 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 18 jul. 2023.

Autor do resumo:
Aluna Melissa Sousa Galvão
Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Revisor do resumo: 
Profa. Dra. Maria Cristiane Barbosa Galvão
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.


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